
Atividades de 2011
Atividades de ensino
Atividade 1: Ciclos de apresentações e discussões sobre temas específicos relacionados à fitoterapia
Exposição da História do uso de plantas medicinais em todo o território nacional: Apresentação realizada pela tutora com toda a equipe do PET – Fitoterapia, na qual foram expostos, os fatos históricos e as perspectivas atuais do uso e da cultura das plantas medicinais utilizadas no Brasil e principalmente na região Nordeste.
Discussões sobre as Portarias do Ministério da Saúde relacionadas às plantas medicinais e aos fitoterápicos; Discussões de artigos e pesquisas sobre assuntos relacionados ao projeto: Busca e discussão de assuntos relacionados às plantas medicinais e aos fitoterápicos, tanto em artigos científicos de uma forma geral, quanto as portaria e resoluções do Ministério da Saúde, sendo esta atividade realizada pela tutora,mas com mais ênfase realizada pelos petianos.
Atividade 2: Cursos de aprimoramento oferecidos aos alunos do PET - Fitoterapia
Aulas teórico/práticas, ministradas por professores e direcionadas aos participantes do grupo e alunos da iniciação científica que demosntrassem interesse em participar, sobre temáticas relacionadas ao programa.
Atividade 3: Acompanhamento das Monitorias institucionais nas disciplinas de Parasitologia, Microbiologia, Farmacologia e Ensino e Pesquisa em Saúde I das graduações em Enfermagem, Medicina e Psicologia.
Atividades teórico/práticas voluntárias ministradas pelos participantes do grupo.
Atividade 4: Aulas de inglês instrumental
Aulas dinâmicas ministradas, uma vez por semana com quatro horas/aula, por uma mestranda em línguas estrangeiras da UFCG, com a finalidade de ensinar a ler e a interpretar artigos e textos, em inglês, relacionados ao tema principal do projeto. Cada aula era acompanhada de recursos audiovisuais, na tentativa de uma melhor aprendizagem e uma maior interação entre alunos e professora.
Atividades de pesquisa
Atividade 5: Mapeamento do bairro das Malvinas
Como tentativa de consolidar as propostas do SUS, foi criado, pelo Ministério da Saúde, em 1994, o Programa de Saúde da Família que tem os seguintes princípios: atuar em caráter substitutivo das práticas convencionais de assistência à saúde, caracterizando-se como porta de entrada do sistema local de saúde e visando a integralidade e a hierarquização – compondo o primeiro nível de ações e serviços no sistema de saúde, garantindo o acesso a outros níveis de maior complexidade e responsabilizando-se pelo acompanhamento dos indivíduos e famílias em todo o processo de referência e contra referência; territorialização e adscrição de clientela, atuando numa área específica e, conseqüentemente, favorecendo o estabelecimento de vínculos com a comunidade e possibilitando o compromisso e a co-responsabilidade tanto da equipe quanto da comunidade (PUPIN;CARDOSO, 2008).
Esta pesquisa prévia ao estudo etnobotânico, não estava prevista no planejamento, mas por ser as Malvinas, um bairro bastante populoso, tornou-se necessário o mapeamento desta área, para iniciar um processo de vinculação e conhecimento da comunidade
A pesquisa teve como objetivo não só a localização Geógrafica das Unidades, mas também coletar informações sobre a quantidade de famílias cadastradas e a quantidade de profissionais da saúde de cada uma das cinco Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) do bairro Malvinas, assim como um mapeamento das ruas e casas das unidades.
A pesquisa foi realizada por todos os alunos ou, em alguns casos, por um grupo de alunos do PET – Fitoterapia, em conjunto com a tutora. Ao final da pesquisa, foi traçado um perfil de toda a comunidade e a tutora em comunhão com os petianos selecionaram a Unidade a ser estudada.
Atividade 6: Levantamento etnobotânico das plantas medicinais usadas por usuários da UBSF Malvinas V, Campina Grande – PB
Levantamento e análise epidemiológica, socioeconômica, cultural e etnobotânico das plantas medicinais mais utilizadas pela população das Malvinas V.
Foram visitadas 702 casas, onde 138 (21%) dos moradores estavam ausentes, 79 (12%) recusaram, 10 (2%) apresentava apenas pessoas menores de 18 anos e em 9 (1%) não morava ninguém. As casas em que os moradores estavam ausentes foram visitadas novamente em dias e horários diferentes. Portanto a amostra foi constituída de 420 – 64% das casas visitadas – moradores e usuários da Unidade Básica de Saúde da Família Malvinas V.
Foram selecionadas as pessoas maiores de 18 anos que residissem no bairro onde a pesquisa estava sendo desenvolvida e que fossem usuárias da Unidade de Saúde. Aplicaram-se questionários semiestruturados, com 30 perguntas, sendo estas, dicotômicas, discursivas e de múltipla escolha, objetivando assim, identificar o perfil dos entrevistados e ter informações sobre a obtenção, forma de utilização e credibilidade das plantas medicinais. A classe econômica social da população foi classificada de acordo com o Critério de Classificação Econômica Brasil.
Atividade 7: Uso de plantas medicinais e fitoterápicos no SUS: uma avaliação acerca do conhecimento das diretrizes que regulamentam essa política
Através de questionários semiestruturados; aplicados em Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) de Campina Grande/PB e direcionados aos médicos, enfermeiros e técnicos de Enfermagem, foi avaliado o nível de conhecimento acerca das políticas do SUS sobre plantas medicinais e fitoterápicos. Além de verificar, se há a implantação do programa “Farmácias Vivas” e como a distribuição e a informação, a respeito das plantas medicinais e fitoterápicos, são realizadas.
Atividade 8: Nível de conhecimento sobre programas de pesquisa e extensão desenvolvidos na Universidade Federal de Campina Grande-PB
Verificar o nível de conhecimento dos discentes dos cursos de Enfermagem, Medicina e Psicologia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, Campus de Campina Grande, em relação aos programas de pesquisa e extensão, desenvolvidos nesta Instituição de Ensino.
A coleta de dados foi realizada por meio de questionários, constituídos por uma série ordenada de perguntas discursivas, dicotômicas e de múltipla escolha pertinentes ao tema e objetivo da pesquisa.
Atividades de extensão
Atividade 9: Visitas às Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) do bairro Malvinas, Campina Grande/PB
Inicialmente a tutora firmou parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, para que a mesma disponibilizasse, endereços e contatos das UBSFs das Malvinas. Posteriormente, com agendamento das reuniões, para que todas as equipes estivessem presentes, tutora e alunos visitaram as cinco UBSFs, em dias diferentes. Inicialmente era realizada uma troca de saberes, mais escuta dos profissionais da localidade, principalmente os agentes comunitários de saúde. Com o objetivo de se verificar as experiências com trabalhos e alunos das Universidades, como era o universo de trabalho deles, suas expectativas e seus anseios, sua relação com os moradores da comunidade. E em contrapartida, os alunos também relatavam seus objetivos, perspectivas, suas experiências e a vontade de se trabalhar com aquela comunidade. Para que em um segundo momento, a tutora apresentasse o que é o PET-FITOTERAPIA, sua composição, responsabilidades, importância do projeto para a comunidade, importância da parceria Universidade-profissionais das UBSFs-comunidade.
Atividade 10: Capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) da UBSF Malvinas V
Os alunos, supervisionados pela tutora, realizaram uma oficina para facilitar a integração aluno-agentes, pois, essa parceria devia está afinada antes de entrar nas casas dos moradores daquela localidade, e para enfatizar a importância dos Agentes Comunitários de Saúde na pesquisa e coleta de dados. Brincadeiras, gincana e peça teatral, abordando o assunto plantas medicinais e fitoterápicos, foram algumas das dinâmicas realizadas na oficina.
Atividade 11: Palestras educativas sobre plantas tóxicas
A cada dia da semana havia um revezamento dos petianos nos dois dias da semana, que mudava de acordo com a semana. Para que toda a população atendida por aquela Unidade fosse atingida e nos finais de semana ia todo o grupo para a feira livre daquele bairro.
A atividade era realizada com exposição de banners e entrega de panfletos, mostrando as principais plantas tóxicas da nossa região, relacionando as ações no organismo e as partes da planta consideradas tóxicas. Mostrando a importância da procura de um serviço especializado, no caso aqui de Campina Grande, o “CEATOX”, para notificação e um correto atendimento e tratamento.
Era enfatizado também, o perigo da utilização de algumas plantas ornamentais, consideradas tóxicas, em casa que tinham crianças, já que em consulta prévia ao CEATOX, o maior número de intoxicações era de crianças.
Atividade 12: Palestras educativas sobre automedicação e potenciais perigos das plantas medicinais
Seguindo o mesmo padrão da atividade anterior, já que foram obtidos resultados positivos, a cada semana havia um revezamento dos petianos nos dois dias da semana, que mudava de acordo com a semana, para que toda a população atendida por aquela Unidade fosse atingida e nos finais de semana ia todo o grupo para a feira livre daquele bairro distribuindo panfletos e iniciando conversas com aqueles que se encontravam nas barracas. Nessas conversas os petianos buscavam integrar a vivência do cotidiano das pessoas ao conhecimento sobre riscos de intoxicação por planta e automedicação.
Na UBSF, a atividade teve como base dois recursos: palestras e rodas de conversa. As palestras eram realizadas em frente à Unidade com exposição de banners e entrega de panfletos, onde os alunos instruíram a população do bairro quanto ao perigo da automedicação, pois segundo os resultados da pesquisa, muitos moradores se automedicavam tanto com medicamentos alopáticos, como com plantas medicinais. Já as rodas de conversa ocorreram dentro da Unidade; durante o período de espera por atendimento, os usuários eram convidados a discutir sobre a temática. Através das conversas ocorridas, os usuários puderam trocar experiências e fazer alguns questionamentos sobre o assunto.