O conhecimento acerca do uso de plantas, como prática curativa, veio ao longo do tempo sendo transmitido entre as gerações, disseminando-se por todas as classes da nossa sociedade e, destacando-se no tratamento de várias doenças.
 
Desde os primórdios da existência humana, tem-se encontrado nas plantas diversas utilidades, resultantes de uma série de influências culturais como a dos colonizadores europeus, indígenas e africanos.
 
As plantas são utilizadas pela população com diversos objetivos, incluído desde problemas de saúde mais simples até o uso para o tratamento de doenças mais complexas. Usar plantas medicinais para tratar, de forma empírica, várias enfermidades, é um hábito muito comum, no entanto é necessário que as pessoas tenham um melhor conhecimento acerca dos produtos que manipulam, tendo em vista que, apesar de serem naturais, podem trazer riscos para a saúde, quando usados de forma inadequada.
 
Segundo Patzlaff e Peixoto (2009) "no contexto da investigação etnobotânica, o pesquisador procura conhecer a cultura e o dia-a-dia da comunidade pesquisada, os conceitos locais de doença/saúde, o modo como a comunidade se vale dos recursos naturais para a 'cura' de seus males, atrair ou afastar animais, construir habitações mais adequadas ao local e outros. Ele procura repassar o conhecimento apreendido para o meio científico sem incorrer em erros de interpretação."
 
Fonte: PATZLAFF, R. G; PEIXOTO, A. L. A pesquisa em etnobotânica e o retorno do conhecimento sistematizado à comunidade: um assunto complexo. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v.16, n.1, jan/mar 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702009000100014&lang=pt